Comecei a fazer Consultoria para Influenciadores Digitais em 2018 e, desde então, não voltei a parar. Poucos meses depois, saí desse projecto e abracei um desafio profissional numa Associação ao qual me dediquei a tempo inteiro e fazia a Consultoria a um conjunto reduzido de clientes, que me acompanhavam desde o início, ou que chegaram até mim através de clientes anteriores (o poder do “boca a boca” continua a ser algo incrível!).
Depois da casa comprada e da mudança da empresa para Lisboa, tornando-se relativamente mais perto de minha casa, estavam finalmente reunidas as condições de estabilidade que eu necessitava para apostar mais fortemente neste meu negócio próprio – Consultoria de redes sociais para Influenciadores Digitais e Pequenos Negócios.
Decidi criar o meu site institucional em Fevereiro, sem nunca prever que o COVID-19 nos iria trancar a todos em casa e que o mundo como o conhecíamos estava prestes a mudar. E ainda bem que o fiz.
2020 foi um ano de profundos desafios, de profundas mudanças mas, para mim, de profundo crescimento. Tanto a nível pessoal como profissional.
O que aprendi com o meu negócio online em 2020
Feito é melhor que perfeito
Escondermo-nos atrás do conceito de sermos demasiado perfeccionistas só acaba por nos atrasar, tornando-se muitas vezes uma desculpa para não darmos o passo em frente. Vamos ser realistas – o nosso negócio vai ter sempre algo para melhorar. Mas se não avançarmos finalmente, nunca vamos sair do mesmo lugar.
É claro que temos de começar com um produto ou serviço que tenha qualidade, mas provavelmente ele irá sempre ter de melhorar. Quando arranquei com um site construído por mim em WIX (na altura, não tinha possibilidade de contratar alguém que mo fizesse em WordPress), foi tudo feito manualmente. O site não estava perfeito, mas cumpriu o propósito. Se não tivesse arrancado com aquela opção, teria perdido milhares de euros de vendas de produtos e serviços, o que me permitiu depois comprar o site que eu queria.
O teu site nunca estará perfeito. O teu branding poderá sempre ter que ser ajustado. Os teus posts poderão ainda não estar tal e qual como sonhaste. Mas chega a uma altura em que precisas mesmo de avançar.
Rodeares-te das pessoas certas é uma mais-valia
Quando a vida nos retira algumas pessoas da equação, acaba por introduzir outras que nos acrescentam, que nos valorizam e que nos fazem florescer. E quando me permiti rodear das pessoas certas, tudo começou a fluir muito melhor no meu negócio.
Não vale a pena agarrarmo-nos a pessoas que não nos querem bem e que não compreendem aquilo que fazemos, nem tão pouco a pessoas que nos consideram sombra. A vida tem demasiadas pessoas incríveis e compatíveis connosco para perdermos tempo ao lado de toxicidade que não nos acrescenta.
Quem tem um projecto digital e o leva a sério, precisa de estar rodeado de pessoas que compreendam, que apoiem e que valorizem. Para complicações já temos o negócio em si.
Foca-te no teu jardim
Analisar a concorrência a nível nacional e internacional é muito importante. O problema começa quando passamos a dar demasiada atenção ao jardim da vizinha ao invés de tratarmos do nosso próprio jardim.
Este ano aprendi a não me focar naquilo que outras pessoas do mesmo nicho fazem, apenas no desenvolvimento dos meus produtos e serviços para servir a minha comunidade. E, obviamente, para tornar o meu negócio mais rentável.
Quando passei a focar-me apenas no meu jardim e nas suas flores (a minha audiência), o jardim começou a florescer como nunca.
Haters existem e existirão. Aceita que dói menos
Sou daquelas pessoas que odeia guerras. Odeia discussões e confusões. Estou sempre no meu cantinho e detesto que se metam comigo. Mas 2020 ensinou-me que mesmo tendo esta postura pacífica, vou ter sempre haters. E que quanto mais o meu negócio for evoluindo, mais haters aparecerão. E que mais vale eu aceitar isso, porque vai-me custar menos.
É sempre mais fácil criticar do que tentar entender todo o esforço que está por detrás de um negócio. É sempre mais fácil falar mal do que apoiar. Por isso estou a ir aprendendo aos poucos que o problema está em quem destila ódio, e não em quem está focado apenas em fazer o seu trabalho.
E assim que comecei a interiorizar isso, deixei de me afectar e pude manter o foco naquilo que realmente importa – o meu trabalho. Porque os haters têm sempre um objectivo: que te vás abaixo. Que o teu negócio vá abaixo. Que estejas sempre pior que eles. Permitires que eles o consigam não pode ser uma alternativa.
Nada se consegue sem esforço e sacrifício
Este ano foi o ano em que mais trabalhei na minha vida. Acumulei o trabalho a tempo inteiro na Associação, bem como a Consultoria que, entretanto, disparou, a gestão de redes sociais de alguns clientes e a escrita de ebooks e outros infoprodutos. Enquanto isso, ainda dava uma perninha a Lisboa regularmente para ajudar o meu namorado no negócio dele.
Mas sabes que mais? Todo o esforço e sacrifício compensaram e, sem dar por ela, passaram-se 10 meses. Houve dias em que estive de rastos mas outros em que a motivação era tanta que nem dava pelas horas passar.
É verdade que abdiquei de muitas horas de lazer às quais estava habituada. Que mudei os meus horários para conseguir trabalhar muito mais a um ritmo que espero reduzir em breve, mas valeu a pena. Hoje não tenho um dia sem Consultorias ou sem vendas dos meus produtos digitais, e consigo conciliar tudo com um trabalho a full time que adoro.
Somos capazes de tudo
Não só pela minha experiência a título pessoal mas também devido à evolução incrível de várias dezenas de clientes que mo provaram, somos capazes de tudo quando estamos motivados.
Assisti a pessoas que multiplicaram as vendas dos seus negócios, que criaram projectos lucrativos de raiz e outras que passaram dos 0 aos 10.000 seguidores em menos de um ano.
Realmente, quando nos dedicamos e somos consistentes, somos capazes de atingir os nossos objectivos.
Conclusão
Para mim, 2020 foi mesmo um ano em cheio e o que aprendi com o meu negócio em 2020 irei levar como ensinamentos para os próximos. É importante retirarmos lições de tudo o que nos acontece, bom e mau, para